Ainda não há muito tempo que a gravidez podia estar claramente associada a uma maior probabilidade de morte precoce, porque acarretava riscos consideráveis. Os cuidados de saúde modernos nos países desenvolvidos reduziram muito esses riscos e as hipóteses de uma mulher morrer durante a gravidez ou durante o parto são apenas de uma em dez mil, mas estas hipóteses existem mesmo. Algumas destas mortes são uma consequência directa da gravidez, enquanto que outras ocorrem porque a gravidez constitui uma sobrecarga para os problemas de saúde já existentes. Cada gravidez que chegue ao seu termo pode trazer consigo um decréscimo de seis meses no tempo de vida.
Uma das causas principais de morte materna é a trombo-embolia, ou a formação de coágulos. A eclampsia (quando a tensão arterial sobe muito), as hemorragias e as infecções constituem os outros problemas mais frequentes. Devido a complicações durante a gravidez ou o parto, algumas mulheres ficam gravemente doentes ou mesmo deficientes.
As mulheres que se preocupam com os riscos da gravidez devem pensar no período que medeia entre cada uma. Os estudos revelaram que, quando o intervalo entre cada gravidez é inferior a seis meses, existe um risco acrescido de sangramento, ruptura prematura de membranas, infecção, anemia e morte. Um intervalo superior a 59 meses está associado a um risco acrescido de pré-eclampsia e de eclampsia.
No entanto, depois de ponderar todos os riscos, verá que a vida em família traz muitas vantagens, nomeadamente momentos de grande felicidade que, mesmo que não prolonguem a vida, decerto melhorarão a sua qualidade.