Resumo das Características do Medicamento
1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
DEPO-PROVERA 150,150 mg/1ml suspensão injectável
DEPO-PROVERA 500, 495 mg/3,3 ml suspensão injectável
DEPO-PROVERA 1000, 1000 mg/6,7 ml suspensão injectável
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada ml de Depo-Provera contém 150 miligramas de acetato de medroxiprogesterona.
Excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Suspensão injectável.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Depo-Provera 150 mg está indicado para a contracepção (supressão da ovulação), endometriose etratamento dos sintomas vasomotores da menopausa.
Depo-Provera 500 e 1000 mg está indicado para o tratamento adjuvante e/ou paliativo do cancro damama, endométrio ou renal metástico ou recorrente.
Contracepção e endometriose:
Devido à possibilidade de perda da densidade mineral óssea em mulheres pré-menopausicas sobtratamento prolongado com Depo-Provera (ver secção 4.4. advertências e precauções especiais deutilização), deve efectuar-se uma avaliação do risco/benefício do tratamento, tomando em consideração adiminuição da densidade mineral óssea que ocorre durante a gravidez e/ou aleitamento.
4.2 Posologia e modo de administração
Contracepção:
150 mg de Depo-Provera, trimestralmente, por injecção intramuscular.
De modo a assegurar que a doente não está grávida quando da primeira administração, recomenda-se quea administração seja efectuada 5 dias após o início de um período menstrual normal ou após a sextasemana pós-parto, caso esteja a amamentar.
Utilização em crianças:
Depo-Provera não está indicado antes da menarca.
Estão disponíveis dados relativamente à utilização em adolescentes do sexo feminino (12-18 anos deidade) (ver secção 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização). À parte da preocupaçãorelativamente à perda de densidade mineral óssea, é de esperar que a segurança e eficácia de Depo-
Provera seja a mesma entre as adolescentes pós-menárquicas e as mulheres adultas.
Endometriose:
50 mg de Depo-Provera uma vez por semana, ou 100 mg de 2 em 2 semanas, por injecção intramuscular,pelo menos durante 6 meses.
Sintomas vasomotores da menopausa:
150 mg de Depo-Provera, por injecção intramuscular, de 12 em 12 semanas.
Cancro do endométrio e renal:
Recomendam-se doses iniciais de 400 a 1000 mg por semana de Depo-Provera, por via intramuscular. Sefor observada melhoria num período de semanas ou meses e a doença parecer estabilizada, a manutençãodas melhoras poderá ser possível com uma dose mínima de 400 mg por mês.
A Depo-Provera não é recomendada como terapêutica primária mas como tratamento adjuvante e/oupaliativo nos casos avançados e inoperáveis de situações metásticas ou recorrentes.
Cancro da mama:
Recomendam-se doses de 500 mg por dia de Depo-Provera, por via intramuscular, durante 28 dias.
Dever-se-á prosseguir com uma dose de manutenção de 500 mg, 2 vezes por semana, enquanto severificar resposta ao tratamento. A resposta à terapêutica hormonal com Depo-Provera no cancro damama pode não se evidenciar antes de 8 a 10 semanas de terapia. A rápida progressão da doença emqualquer momento de terapia decorrente deverá determinar a sua interrupção.
Modo de administração:
Via intramuscular profunda.
Depo-Provera 150 mg deve ser agitado vigorosamente imediatamente antes de ser administrado, porforma a obter uma suspensão uniforme.
4.3 Contra-indicações
Depo-Provera está contra-indicado nas seguintes situações:
hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes;suspeita de gravidez ou em caso de gravidez confirmada; hemorragia vaginal não diagnosticada;
insuficiência hepática grave.
Depo-Provera também está contra-indicado em caso de suspeita de malignidade na mama ou em caso deconfirmação desta condição, quando utilizado na contracepção ou no tratamento da endometriose ousintomas vasomotores da menopausa.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Advertências e precauções especiais de utilização gerais:
É necessário investigar o aparecimento de hemorragia vaginal inesperada, que pode ocorrer durante o
tratamento com Depo-Provera.
Apesar de Depo-Provera não ser associado frequentemente à indução de distúrbios trombóticos etromboembólicos, é necessário avaliar cuidadosamente os doentes com estes antecedentes ou que tenhamdesenvolvido estas situações clínicas durante o tratamento com Depo-Provera, quanto ao seu estado enecessidade de tratamento, antes de o prosseguir.
Depo-Provera pode causar retenção de líquidos, pelo que é necessário precaução em doentes cujasituação clínica preexistente possa ser afectada negativamente por retenção de líquidos.
Doentes com antecedentes de tratamento clínico para a depressão mental devem ser cuidadosamentemonitorizadas enquanto sujeitas à terapêutica com Depo-Provera.
Observou-se diminuição da tolerância à glucose em alguns doentes que receberam Depo-Provera Por estarazão, as doentes diabéticas devem manter-se sob observação cuidadosa durante o tratamento.
O patologista deve ser avisado de que a doente está sob tratamento com Depo-Provera, quando foremrealizados exames anatomopatológicos aos tecidos do endométrio ou endocolo.
O médico e o laboratório devem ter conhecimento de que o tratamento com Depo-Provera pode diminuiros níveis dos seguintes biomarcadores endócrinos:
esteróides no plasma e na urina (ex: cortisol, estrogénio, pregnandiol, progesterona, testosterona) gonadotrofinas no plasma e na urina (ex: LH e FSH)
globulinas ligantes às hormonas sexuais femininas.
O tratamento com Depo-Provera não deve ser reiniciado até a doente ser examinada quanto aoaparecimento inesperado de perda de visão parcial ou completa, ou caso ocorra proptose, diplopia ouenxaqueca de forma imprevista. Caso o exame revele a existência de papiloedema ou lesões vasculares daretina, o tratamento não deve ser reiniciado.
DEPO-PROVERA contém parabenos, que podem, raramente, causar reacções imediatas, deurticária e broncospasmo. Podem também causar reacções retardadas, tais como dermatite decontacto.
Advertências e precauções especiais de utilização aplicáveis à utilização de Depo-Provera nacontracepção e no tratamento da endometriose:
Perda de densidade mineral óssea:
O tratamento com Depo-Provera reduz os níveis séricos de estrogénios e está associado a uma perdasignificativa da densidade mineral óssea, resultante de uma adaptação do metabolismo ósseo a um nívelde estrogénio mais baixo. Esta perda da densidade mineral óssea é particularmente preocupante durante aadolescência e a fase adulta inicial, uma vez que representam fases cruciais para o crescimento ósseo. Aperda óssea aumenta com o prolongamento da duração do tratamento, podendo não ser completamentereversível. Desconhece-se se o tratamento de mulheres jovens com Depo-Provera reduz o pico de massa
óssea e aumenta o risco de fracturas osteoporóticas numa idade mais avançada. Tanto em adolescentescomo em mulheres adultas, a diminuição da densidade mineral óssea parece ser pelo menos parcialmentereversível quando há uma descontinuação da terapêutica com Depo-Provera e um aumento da produção
de estrogénio pelo ovário. Está a decorrer um estudo para avaliar a reversibilidade da perda de densidademineral óssea em adolescentes.
Depo-Provera pode ser utilizado como método contraceptivo ou para o tratamento da endometriose, deforma prolongada (ou seja, mais que 2 anos), apenas se os outros métodos e tratamentos não foramadequados. Caso a mulher necessite de continuar o tratamento prolongado com Depo-Provera, deverá serefectuada uma avaliação da sua densidade mineral óssea. A idade e a maturidade óssea devem sertomadas em consideração quando se interpretam os resultados relativos à densidade mineral óssea deadolescentes.
Devem ser considerados outros métodos contraceptivos ou tratamentos para a endometriose na análise derisco/benefício sobre o tratamento com Depo-Provera em mulheres com factores de risco para aosteoporose. Depo-Provera pode ser um factor de risco adicional em doentes com factores de risco para aosteoporose (ex: doença óssea metabólica, hábitos alcoólicos e/ou tabágicos crónicos, anorexia nervosa,fortes antecedentes familiares de osteoporose ou utilização crónica de medicamentos que reduzem amassa óssea tais como anticonvulsivantes e corticosteróides).
Recomenda-se uma ingestão adequada de cálcio e de vitamina D.
Alterações da densidade mineral óssea em mulheres adultas
Num estudo clínico, controlado, em mulheres adultas em tratamento com Depo-Provera (150 mg,intramuscular), durante um período de até 5 anos, tendo em vista a contracepção, foi observada umadiminuição média de 5-6 % na densidade mineral óssea da coluna vertebral e do fémur,comparativamente ao grupo controlo que não apresentou alteração significativa. O declínio da densidademineral óssea foi mais pronunciado nos primeiros dois anos de tratamento, havendo declínios maispequenos nos anos seguintes. Foram observadas alterações médias na densidade mineral óssea da colunalombar de -2,86 %, -4,11 %, -4,89%, -4,93% e ?5,38 %, após 1, 2, 3, 4 e 5 anos, respectivamente. Adiminuição média da densidade mineral óssea ocorrida no fémur total foi similar à observada para o colodo fémur.
Após a interrupção do tratamento com Depo-Provera (150 mg, intramuscular), ocorreu uma recuperaçãoparcial da densidade mineral óssea com uma aproximação aos valores basais, durante os 2 anos após aterapêutica. A duração mais prolongada do tratamento está associada a uma velocidade de recuperação dadensidade mineral óssea mais lenta.
Alterações da densidade mineral óssea em adolescentes (12-18 anos)
Os resultados preliminares de um estudo clínico, aberto, em curso com Depo-Provera (150 mg, por viaintramuscular, todas as 12 semanas até perfazer 5 anos), em adolescentes (12-18 anos), para acontracepção, também demonstraram que o tratamento com medroxiprogesterona, intramuscular, estáassociado a um declínio significativo da densidade mineral óssea relativamente aos valores basais. Adiminuição média na densidade mineral óssea da coluna lombar foi de 4,2 % após 5 anos; as diminuiçõesmédias da mesma para o fémur total e o colo do fémur foi de 6,9% e 6,1 %, respectivamente.
Contrariamente, a maioria das adolescentes apresenta um aumento significativo da densidade ósseadurante a adolescência após a menarca. Dados preliminares obtidos a partir de um pequeno número deadolescentes demonstraram uma recuperação parcial da densidade mineral óssea durante o período deseguimento de 2 anos.
Contracepção:
Antes de iniciar o tratamento com Depo-Provera, o estado geral da doente deverá ser cuidadosamenteavaliado. Dever-se-á excluir a presença de uma neoplasia genital ou da mama.
A maioria das mulheres em tratamento com Depo-Provera sofrem alterações no padrão de hemorragiamenstrual (ex: hemorragia ou pequenas perdas de sangue de forma irregular ou imprevisível; hemorragiarara, forte ou contínua). Com a continuação da terapêutica, menos mulheres apresentam hemorragiasirregulares e mais sofrem de amenorreia.
A análise de casos-controlo, de longa duração, envolvendo doentes em tratamento com Depo-Proverademonstrou um ligeiro aumento ou uma manutenção do risco global de cancro mamário; o risco global decancro hepático, cervical ou do ovário não aumentou e surgiu um efeito protector e prolongado deredução do risco de cancro no endométrio.
Depo-Provera tem um efeito contraceptivo prolongado. Nos casos em que existe concepção, o tempomédio para que esta ocorra é de 10 meses (num intervalo de 4 a 31 meses) após a última administração,não estando relacionado com a duração do tratamento.
Detectou-se uma tendência para o aumento de peso em mulheres sob tratamento com Depo-Provera.
Caso surja icterícia, deve-se ponderar a situação de não voltar a administrar o medicamento.
As doentes devem ser informadas de que Depo-Provera não protege contra a infecção por VIH ou outrasdoenças sexualmente transmissíveis.
Endometriose e tratamento dos sintomas vasomotores da menopausa:
Pode ocorrer anovulação prolongada com amenorreia e/ou padrão menstrual irregular após aadministração de uma dose única ou administração múltipla de Depo-Provera.
Antes de iniciar o tratamento com Depo-Provera 150 mg, o estado geral da doente deverá sercuidadosamente avaliado. Dever-se-á excluir a presença de uma neoplasia genital ou da mama.
Oncologia:
Não existem estudos sobre o efeito causado pela medroxiprogesterona, administrada via parental, nadensidade mineral óssea (ex: no tratamento oncológico). No entanto, um estudo clínico em mulheresadultas em idade fértil, que receberam Depo-Provera (150 mg, trimestralmente), tendo em vista acontracepção, demonstrou uma diminuição média de 5,4% na densidade mineral óssea da coluna lombar,após 5 anos, havendo uma recuperação, pelo menos parcial, desta perda óssea durante os primeiros doisanos após a interrupção do tratamento.
Um estudo clínico similar em que se administrou 150 mg de medroxiprogesterona, trimestralmente, porvia intramuscular, em adolescentes para a contracepção, demonstrou diminuições similares na densidademineral óssea, que também foram mais pronunciadas nos primeiros dois anos de tratamento, sendorecuperadas, pelo menos parcialmente, após a interrupção do tratamento. A diminuição do estrogéniosérico devido à medroxiprogesterona pode resultar na diminuição da densidade mineral óssea emmulheres pré-menopausicas, podendo aumentar o risco de desenvolver osteoporose numa idade maisavançada.
Recomenda-se uma ingestão adequada de cálcio e de vitamina D.
Pode ser necessário realizar uma avaliação da densidade mineral óssea em doentes que estejam a fazerum tratamento prolongado com Depo-provera.
Depo-Provera pode originar sintomas Cushingóides.
Algumas doentes em tratamento com Depo-Provera podem apresentar uma função adrenal suprimida.
Depo-Provera pode diminuir os níveis sanguíneos de corticotrofina (ACTH) e de hidrocortisona.
O médico e o laboratório devem ter conhecimento de que, para além dos efeitos sobre os biomarcadoresendócrinos acima descritos, a utilização de Depo-Provera em oncologia pode também causarinsuficiência adrenal parcial (decréscimo na resposta do eixo adreno-hipofisário) durante o teste dametirapona. Desta forma, a capacidade de resposta do cortéx adrenal à ACTH deve ser avaliado antes daadministração da metirapona.
Pode ocorrer anovulação prolongada com amenorreia e/ou padrão menstrual irregular após aadministração de uma dose única ou administração múltipla de Depo-Provera.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A aminoglutatimida, quando administrada concomitantemente com doses elevadas de Depo-Provera,pode diminuir significativamente as concentrações séricas de acetato de medroxiprogesterona. Apossibilidade de diminuição da eficácia de doses elevadas de Depo-Provera deve ser tomada emconsideração quando se utiliza a aminoglutimida em simultâneo.
4.6 Gravidez e aleitamento
Depo-Provera está contra-indicado na gravidez.
Alguns relatos sugerem a associação entre a exposição intra-uterina a fármacos progestagénicos durante oprimeiro trimestre da gravidez e a ocorrência de anomalias genitais em fetos masculinos e femininos.
As crianças resultantes de gravidez não intencional que ocorreu 1 a 2 meses após a administração de
Depo-Provera podem apresentar risco aumentado de nascer com baixo peso, por sua vez associado a umrisco aumentado de morte neonatal. O risco atribuído é baixo visto que a gravidez durante o tratamentonão é comum.
Caso Depo-Provera seja utilizado durante a gravidez, ou surja uma gravidez durante a terapêutica, adoente deve ser informada acerca dos riscos para o feto.
Lactação
O acetato de medroxiprogesterona e os seus metabolitos são excretados no leite materno. Não existeevidência de que este facto representa um risco para a criança em lactação.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não relevante.
4.8 Efeitos indesejáveis
Ocorreram os seguintes efeitos indesejáveis com Depo-Provera:
Contracepção:
Sistema de orgão
Efeito indesejável
Geniturinário
Hemorragia uterina anormal (irregular, aumentada, diminuída),amenorreia, leucorreia, dor pélvica, anovulação prolongada, vaginite
Mamário
Galactorreia, mastodinia, hipersensibilidade ou dor muscular apóscompressão ou contacto
Sistema nervoso central
Convulsões, depressão, tonturas, fadiga, cefaleia, insónia, nervosismo,sonolência
Gastrointestinal/hepatobiliar
Dor ou desconforto abdominal, flatulência, distúrbios da funçãohepática, icterícia, náusea
Metabólico e nutricional
Tolerância diminuída à glucose
Cardiovascular Distúrbios
tromboembólicos
Pele e membranas mucosas
Acne, alopécia, hirsutismo, prurido, erupção cutânea, urticária
Alérgico
Reacções de hipersensibilidade (ex: anafilaxia e reacçõesanafilactóides, angioedema)
Musculoesquelético
Artralgia, astenia, dorsalgia, reacções no local de injecção, cãibras nosmembros inferiores, perda de densidade mineral óssea
Outros
Libido diminuída ou anorgasmia, retenção de líquidos, rubor, pirexia,alterações no peso corporal
Endometriose e tratamento dos sintomas vasomotores da menopausa.
Sistema de orgão
Efeito indesejável
Geniturinário
Hemorragia uterina anormal (irregular, aumentada, diminuída),amenorreia, alterações nas secreções cervicais, erosão cervical,anovulação prolongada
Mamário
Galactorreia, mastodinia, hipersensibilidade ou dor muscular apóscompressão ou contacto
Sistema nervoso central
Depressão, tonturas, fadiga, cefaleia, insónia, nervosismo, sonolência
Gastrointestinal/hepatobiliar
Icterícia colestática, náusea
Metabólico e nutricional
Tolerância diminuída à glucose
Cardiovascular Distúrbios
tromboembólicos
Pele e membranas mucosas
Acne, alopécia, hirsutismo, prurido, erupção cutânea, urticária
Alérgico
Reacções de hipersensibilidade (ex: anafilaxia e reacçõesanafilactóides, angioedema)
Musculoesquelético
Reacções no local de injecção
Outros
Edema/retenção de líquidos, pirexia, alterações no peso corporal
Oncologia
Sistema de orgão
Efeito indesejável
Geniturinário
Hemorragia uterina anormal (irregular, aumentada, diminuída),amenorreia, alterações nas secreções cervicais, erosão cervical,anovulação prolongada
Mamário
Galactorreia, mastodinia, hipersensibilidade ou dor muscular apóscompressão ou contacto
Sistema nervoso central
Confusão, depressão, tonturas, euforia, fadiga, cefaleia, insónia, perdade concentração, nervosismo, sonolência, distúrbios visuais
Gastrointestinal/hepatobiliar
Obstipação, diarreia, boca seca, distúrbios na função hepática, icterícia,náusea, vómitos
Metabólico e nutricional
Efeitos do tipo adrenérgico (ex. tremor fino das mãos, hipersudorese,cãibras nocturnas), efeitos do tipo corticóide (ex: síndrome
Cushingóide), tolerância diminuída à glucose, cataratas diabéticas,exacerbação da diabetes mellitus, glicosúria
Cardiovascular
Enfarte cerebral e do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva,hipertensão, palpitações, embolismo pulmonar, trombose da retina,taquicardia, distúrbios tromboembólicos, tromboflebites
Hematológico
Número aumentado de leucócitos e de plaquetas
Pele e membranas mucosas
Acne, alopécia, hirsutismo, prurido, erupção cutânea, urticária
Alérgico
Reacções de hipersensibilidade (ex: anafilaxia e reacçõesanafilactóides, angioedema)
Musculoesquelético
Reacções no local de injecção
Outros
Alterações de apetite, alterações na líbido, edema/retenção de líquidos,hipercalcémia, mal-estar, pirexia, alterações no peso corporal
Efeitos adversos adicionais reportados durante o período após a comercialização:
A experiência após a comercialização revelou a ocorrência de casos raros de osteoporose, incluindofracturas osteoporóticas, em doentes sob tratamento com Depo-Provera.
4.9 Sobredosagem
Não foram observados casos de sobredosagem.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Seringa pré-carregada contendo 150 mg/1 ml:
Classificação farmacoterapêutica: 8.5.1.3 Progestagénios
Código ATC: G03A C06
Frascos para injectáveis de vidro contendo 500 mg/3,3 ml ou 1000 mg/6,7 ml:
Classificação farmacoterapêutica: 16.2.1.3 ProgestagéniosCódigo ATC: L02AB02
O acetato de medroxiprogesterona administrado por via parentérica nas doses recomendadas, a mulherescom níveis adequados de estrogénios endógenos, transforma o endométrio proliferativo em endométriosecretório.
O acetato de medroxiprogesterona inibe a secreção da gonadotropina pituitária, a qual por sua vez impedea maturação folicular e a ovulação. Devido à sua acção prolongada e à resultante dificuldade em prever omomento da hemorragia de privação após a injecção, não se recomenda a sua administração nos casos deamenorreia secundária ou hemorragia uterina disfuncional. Nestas situações recomenda-se aadministração oral.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
As concentrações de acetato de medroxiprogesterona após uma dose única de 150 mg de Depo-Provera,por via intramuscular, foram determinadas através de uma técnica de radioimunoensaio, tendo-sedemonstrado que as concentrações aumentam durante 3 semanas, até serem atingidas as concentraçõesplasmáticas máximas de 1 a 7 ng/ml. Estes níveis diminuem de seguida exponencialmente, até setornarem indetectáveis (< 100 pg/ml) entre os dias 120 e 200 após a injecção. Determinou-se a semi-vidaaparente do acetato de medroxiprogesterona no soro, através de uma técnica de radioimunoensaio após
administração intramuscular de Depo-Provera. A semi-vida aparente foi de 50 dias, aproximadamente.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
A administração intramuscular repetida de acetato de medroxiprogesterona a cães beagle demonstrouproduzir tumores mamários. Não se provou existir um efeito carcinogénico associado à administraçãooral de acetato de medroxiprogesterona a ratos e ratinhos. O acetato de medroxiprogesterona não foimutagénico numa bateria de ensaios de toxicidade genética in vitro ou in vivo.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Cloreto de sódio, parahidroxibenzoato de metilo, parahidroxibenzoato de propilo, polisorbato 80,macrogol 3350, água para injectáveis.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
5 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC.
Proteger da humidade.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Depo-Provera 150 mg/ml apresenta-se em seringa pré-carregada, com êmbolo de borracha butílica comdisco revestido a têflon, contendo 1 ml de suspensão, e ainda em frasco para injectáveis de vidro comrolha de borracha butílica, contendo 3,3 ml (500 mg) ou 6,7 ml (1000 mg) de suspensão aquosa estéril.
6.6 Instruções de utilização e manipulação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios Pfizer, Lda.
Lagoas Park
Edifício 10
2740-244 Porto Salvo
8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
8128306 ? seringa pré-carregada contendo 150 mg/1 ml
8128314 ? frasco para injectáveis contendo 495 mg/3,3 ml
8128322 ? frasco para injectáveis contendo 1000 mg/6,7 ml
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DEINTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da AIM: 03 de Outubro de 1974
Data da Revisão da AIM: 03 de Outubro de 2002
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Julho 2005