RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
BIOFENAC 100 mg comprimidos revestidos por película.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de aceclofenac.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos revestidos por película
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
BIOFENAC é um medicamento indicado no tratamento das formas inflamatórias edegenerativas de reumatismo articular, tais como espondilite anquilosante,periartrite escápulo-umeral, osteoartrose e artrite reumatóide. Tratamentoanalgésico sintomático em reumatismo extra-articular, tais como lombalgia, ciática,bursites e mialgias.
Tratamentos de estados dolorosos de origem traumática, ortopédica, cirúrgica,odontológica, ginecológica.
4.2.
POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO
BIOFENAC destina-se a administração por via oral. Os comprimidos revestidos porpelícula devem ser ingeridos inteiros e com o auxílio de quantidade suficiente delíquido.
Ao administrar o Aceclofenac a voluntários sãos, após as refeições ou em jejum,apenas se registaram alterações da velocidade da absorção da substância activa enão da taxa de absorção, pelo que o Biofenac pode ser administrado comalimentos.
Adultos:
A dose recomendada é de 200 mg diários, em 2 tomas de 100 mg de 12 em 12horas.
Crianças:
Não existem dados clínicos da utilização do Aceclofenac em crianças.
Idosos:
A farmacocinética do Aceclofenac não se altera nos doentes idosos, pelo que não
é necessário alterar a posologia para esta faixa etária de doentes.
No entanto, como acontece com outros AINEs, devem contudo adoptar-sealgumas precauções no tratamento dos doentes idosos, uma vez que em geraleles são mais propensos ao aparecimento de efeitos indesejáveis, e por outro ladotêm mais probabilidades de apresentar alterações da função renal, cardiovascularou hepática, e de receberem medicação concomitante.
Insuficiência renal:
Não há dados que indiquem que se deva modificar a posologia do BIOFENAC nosdoentes com insuficiência renal ligeira. No entanto, como acontece com outros
AINEs, convém adoptar precauções.
Insuficiência hepática:
Algumas evidências indicam que se deve reduzir a dose diária de aceclofenac nosdoentes com insuficiência hepática, sugerindo-se a administração de 100 mg/ dia.
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficazdurante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (versecção 4.4.).
4.3. CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao aceclofenac ou a qualquer um dos excipientes.
Doentes que tenham desenvolvido previamente reacções de hipersensibilidadeao aceclofenac ou a quem o ácido acetilsalicílico ou outros AINEs tenhamprovocado ataques de asma, rinite aguda ou urticária ou quem sejahipersensível a estes fármacos.
Insuficiência renal grave.
Insuficiência cardíaca grave
História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada comterapêutica anterior com AINE.
Úlcera péptica/hemorragia activa ou história de úlcera péptica/hemorragiarecorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragiacomprovada).
O aceclofenac está contra-indicado durante a gravidez ou aleitamento, bemcomo em mulheres que planeiam uma gravidez, não se deve prescrever oaceclofenac, excepto se o médico assim o considerar. Neste caso deve seradministrada a dose eficaz mais baixa.
4.4.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO
Advertências:
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficazdurante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (versecção 4.2. e informação sobre os riscos GI e cardiovasculares em seguidamencionada).
A administração concomitante de Biofenac com outros AINE, incluindo inibidoresselectivos da ciclooxigenase-2, deve ser evitada.
Idosos
Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas com AINE,especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem serfatais (ver secção 4.2).
A hemorragia gastrointestinal ou perfuração ulcerada, hematémese e melena têmem geral consequências mais graves nos idosos. Podem ocorrer durante otratamento, com ou sem sintomas de aviso ou uma história prévia, pelo que nessasituação deve ser interrompido o tratamento com aceclofenac.
Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal
Têm sido notificados com todos os AINE casos de hemorragia, ulceração eperfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento,associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinaisgraves.
O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadasde AINE, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente associada ahemorragia ou perfuração (ver secção 4.3.) e em doentes idosos. Nestas situaçõesos doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistentesobre a ocorrência de sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudonas fases iniciais do tratamento.
Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-
administração de agentes protectores (ex: misoprostol ou inibidores da bomba deprotões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como naqueles quenecessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ououtros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de hemorragia, tais comocorticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores selectivos darecaptação da serotonina ou anti-agregantes plaquetários tais como o ácidoacetilsalicílico (ver secção 4.5.).
Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar
Biofenac, o tratamento deve ser interrompido.
Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história dedoença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida emque estas situações podem ser exacerbadas (ver secção 4.8.).
Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares
Têm sido notificados casos de retenção de líquidos e edema associados aotratamento com AINE, pelo que os doentes com história de hipertensão arteriale/ou insuficiência cardíaca congestiva ligeira a moderada deverão seradequadamente monitorizados e aconselhados.
Os dados de ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração dealguns AINE (particularmente em doses elevadas e em tratamento de longaduração) poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de eventostrombóticos arteriais (por exemplo enfarte do miocárdio ou AVC). Não existemdados suficientes para eliminar o risco de ocorrência destes efeitos aquando dautilização de aceclofenac.
Os doentes com hipertensão arterial não controlada, insuficiência cardíacacongestiva, doença isquémica cardíaca estabelecida, doença arterial periférica,e/ou doença cerebrovascular apenas devem ser tratados com aceclofenac apóscuidadosa avaliação. As mesmas precauções deverão ser tomadas antes de iniciaro tratamento de longa duração de doentes com factores de risco cardiovascular
(ex: hipertensão arterial, hiperlipidemia, diabetes mellitus e hábitos tabágicos).
Têm sido muito raramente notificadas reacções cutâneas graves, algumas dasquais fatais, incluindo dermatite esfoliativa, sindroma de Stevens-Johnson enecrólise epidérmica tóxica, associada à administração de AINE (ver secção 4.8.).
Aparentemente o risco de ocorrência destas reacções é maior no início dotratamento, sendo que na maioria dos casos estas reacções se manifestamdurante o primeiro mês de tratamento. Biofenac deve ser interrompido aosprimeiros sinais de rash, lesões mucosas, ou outras manifestações dehipersensibilidade.
Reacções de hipersensibilidade:
Como acontece com outros AINEs, podem ocorrer reacções alérgicas, incluíndoreacções anafiláticas/anafilactoídes sem exposição anterior ao fármaco.
Precauções:
Renal:
Os doentes com insuficiência renal moderada ou cardíaca e os idosos deverão sermantidos sob vigilância clínica, uma vez que a utilização de AINEs pode causardeterioração da função renal. A dose eficaz mais baixa deveria ser utilizada e afunção renal monitorizada regularmente. A importância das prostaglandinas namanutenção do fluxo de sangue renal deve ser tida em linha de conta nos doentescom insuficiência da função cardíaca ou renal, nos doentes a fazer tratamentoscom diuréticos ou em recuperação de intervenção cirúrgica. Os efeitos sobre afunção renal são habitualmente reversíveis após a interrupção do tratamento comaceclofenac.
Hepático:
O aceclofenac deve ser descontinuado se os valores anómalos nos testes dafunção hepática persistirem ou agravarem, sinais clínicos ou sintomatologiaconsistente com o desenvolvimento de doença hepática ou se ocorrerem outrasmanifestações, como eosinofilia ou rash. Pode ocorrer hepatite sem sintomatologiaprodrómica. A utilização de aceclofenac em doentes com porfiria hepática podecausar um ataque.
Hematológico:
O aceclofenac pode inibir, reversivelmente, a inibição da agregação plaquetária
(ver anticoagulantes na secção 4.5. ? Interacções medicamentosas e outrasformas de interacção).
Tratamento prolongado:
Todos os doentes tratados com AINEs devem ser monitorizados como umamedida cautealr, com particular atenção na função renal, função hepática (podeocorrer aumentos dos enzimas hepáticos) e hemograma.
Fertilidade:
Os AINEs podem prejudicar a fertilidade e não são recomendados em mulheresque pretendem engravidar. Deve ser considerada a interrupção temporária doaceclofenac em mulheres com dificuldade em engravidar ou em tratamento deinfertilidade.
4.5. INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE
INTERACÇÃO
Lítio e Digoxina: O Aceclofenac, como outros AINEs, pode aumentar asconcentrações plasmáticas de Lítio e Digoxina.
Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (lECA) e
Antagonistas da Angiotensina II (AAII): Os anti-inflamatórios não esteróides (AINE)podem diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentosantihipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentesdesidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administraçãode um IECA ou AAII e agentes inibidores da ciclooxigenase pode ter comoconsequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo apossibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. Aocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes atomar aceclofenac em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, estaassociação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudoem doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deveráser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início daterapêutica concomitante, e periodicamente desde então.
Anticoagulantes: os AINE podem aumentar os efeitos dos anti-coagulantes, taiscomo a varfarina (ver secção 4.4.). Deve realizar-se uma monitorização frequentedos doentes sujeitos a terapêutica de associação com anticoagulantes eaceclofenac.
Agentes anti-agregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação daserotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4.).
Medicamentos hipoglicemiantes: Estudos clínicos demonstraram que diclofenacpode ser administrado em associação com outros agentes anti-diabéticos oraissem influenciar os seus efeitos clínicos. No entanto, têm sido notificados casosisolados de efeitos hipoglicémicos e hiperglicémicos..
Metotrexato: Devem adoptar-se precauções quando se administram fármacos
AINEs e metotrexato, com intervalos entre si inferiores a 24 horas, uma vez que os
AINEs podem aumentar as concentrações plasmáticas do metotrexato,conduzindo a um aumento da toxicidade.
Outros
AINEs:
A terapêutica concomitante com ácido acetilsalicílico e outros
AINEs pode aumentar a frequência de efeitos indesejáveis.
Ciclosporina: A nefrotoxicidade da ciclosporina pode ser aumentada pelo efeito dos
AINEs sobre as prostaglandinas renais.
Corticosteróides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal
(ver secção 4.4.).
4.6. GRAVIDEZ E ALEITAMENTO
Gravidez:
Não existem dados clínicos sobre a utilização de aceclofenac durante agravidez. A utilização regular de AINEs durante o último trimestre da gravidezpode diminuir o tónus e contracção uterina. A utilização de AINEs também podeprovocar o fecho prematuro do ducto arterial fetal no útero e uma hipertensãopulmonar do recém-nascido, possivelmente persistente, atraso do parto eaumento da sua duração.
Os estudos em animais não indicam quaisquer efeitos ao nível da teratogéneseem ratos, apesar da exposição sistémica ser baixa e o tratamento comaceclofenac em coelhos (10 mg/kg/dia) resultou numa série de alteraçõesmorfológicas em alguns fetos.
Aleitamento:
Não existem dados sobre a secreção de aceclofenac no leite materno; não seobservou transferência significativa de aceclofenac marcado com rádio-isótopos
14C no leite da rata durante o aleitamento.
A utilização de aceclofenac deve ser evitada na gravidez e aleitamento, a menosque os potenciais benefícios para a mãe se sobreponham aos possíveis riscospara o feto.
Fertilidade
Ver secção 4.4 ? Advertências e precauções especiais de utilização.
4.7. EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUZIR E UTILIZAR
MÁQUINAS
Os doentes que sofrem de tonturas, vertigens ou outras doenças do Sistema
Nervoso Central devem abster-se de conduzir ou manusear maquinariaperigosa, enquanto tomam AINEs.
4.8.
EFEITOS INDESEJÁVEIS
Os eventos adversos mais frequentemente observados são de naturezagastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas,perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção
4.4.). Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemeses, flatulência, dor abdominal,diarreia, obstipação, melenas, estomatite aftosa, exacerbação da colite oudoença de Crohn (ver secção 4.4.) têm sido notificados na sequência daadministração de AINEs. Menos frequentemente têm vindo a ser observadoscasos de gastrite.
Têm sido notificados casos de edema, hipertensão e insuficiência cardíacadurante o tratamento com AINE.
Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administraçãode alguns AINE (particularmente em doses elevadas e em tratamento de longaduração) poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de eventostrombóticos arteriais (por exemplo enfarte do miocárdio ou AVC) (ver secção
4.4.).
As reacções adversas notificadas em ensaios clínicos e farmacovigilância eassociados à utilização de aceclofenac, de acordo com a classe de sistema de
órgãos, segundo a base de dados MedDRA e a seguinte classificação decategorias de frequências em muito frequentes (>1/10); frequentes
(>1/100,<1/10); pouco frequentes (>1/1000,<1/100); raros (>1/10000,<1/1000);muito raros/comunicações isoladas (<1/10000).
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Raros: anemia.
Muito raros: granulocitopenia, trombocitopenia.
Doenças do sistema imunitário:
Raros: reacções anafilácticas (incluindo choque), hipersensibilidade.
Perturbações do foro psiquiátrico:
Muito raros: depressão, sonho agitado, insónia.
Doenças do sistema nervoso:
Frequentes: tonturas.
Muito raros: parastesia, sonolência, cefaleia, disgeusia (alteração do paladar).
Afecções oculares:
Raros: distúrbios de visão.
Afecções do ouvido e do labirinto:
Muito raros: vertigens.
Cardiopatias:
Muito raros: palpitações.
Vasculopatias:
Muito raros: flush (rubor cutâneo) e flush com calor.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Raros: dispneia.
Doenças gastrointestinais:
Frequentes: dispepsia, dor abdominal, náusea, diarreia.
Pouco frequentes: flatulência, gastrite, obstipação, vómito, ulceração da mucosabucal.
Raros: melena
Muito raros: estomatite, hemorragia gastrointestinal.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas:
Pouco frequentes: prurido, rash, dermatite, urticária.
Raros: edema facial
Muito raros: púrpura, reacções bolhosas, incluindo síndroma de Stevens-
Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
Doenças renais e urinárias:
Muito raros: síndrome nefrótico.
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Muito raros: edema, fadiga.
Exames complementares de diagnóstico:
Frequentes: aumento das enzimas hepáticas.
Pouco frequentes: aumento da ureia sérica, aumento da creatinina sérica.
Muito raros: aumento da fosfatase alcalina sérica, aumento de peso.
Ver secções 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização e 4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção.
4.9. SOBREDOSAGEM
O tratamento da intoxicação aguda por AINEs consiste essencialmente
em medidas de apoio e sintomáticas.
Não existem dados sobre as consequências da sobredosagem com aceclofenacem seres humanos.
O tratamento no caso de sobredosagem aguda com AINEs consiste naprevenção da absorção, o mais rapidamente possível após a sobredosagem,mediante lavagem gástrica e tratamento com carvão activado e fornecendotratamento de apoio e sintomático de complicações tais como: hipotensão,insuficiência renal, convulsões, irritação gastrointestinal e depressão respiratória.
Os tratamentos específicos, como a diurese forçada, a diálise ou ahemoperfusão, provavelmente não contribuem para a eliminação dos AINEs,dada a sua alta ligação às proteínas plasmáticas e o seu grande metabolismo.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1. PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
Grupo farmacoterapêutico: 9.1.2 ? Aparelho locomotor. Anti-inflamatórios nãoesteróides, derivados do ácido acético
.
Código ATC: M01A B16.
O aceclofenac é um fármaco não esteróide com notáveis propriedades anti-
inflamatórias e analgésicas.
O modo de acção do aceclofenac baseia-se em grande medida na inibição dasíntese de prostaglandinas. O aceclofenac é um potente inibidor da enzima ciclo-
oxigenase, que intervém na produção de prostaglandinas.
5.2. PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Após a sua administração oral, o aceclofenac é rapidamente absorvido na suaforma inalterada. As concentrações plasmáticas máximas são atingidas cerca de
1,25 a 3,0 horas depois da sua ingestão.
O aceclofenac penetra no líquido sinovial, onde as concentrações alcançamaproximadamente 57% das plasmáticas. O volume de distribuição éaproximadamente de 25 litros.
A semi-vida plasmática é de cerca de 4 horas. O aceclofenac fixa-se fortemente àsproteínas plasmáticas (> 99%). O aceclofenac circula pelo organismo,principalmente na forma inalterada. O principal metabolito detectado no plasma é o
4-hidroxiaceclofenac. Cerca de 2/3 da dose administrada excreta-se pela urina,fundamentalmente como hidroximetabolitos.
No idoso não foram registadas alterações de farmacocinética do aceclofenac.
5.3. DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA
Os resultados dos estudos pré-clínicos realizados com o aceclofenac sãoconsistentes com os esperados para os AINEs. O principal órgão atingido foi otracto gastrointestinal. Não foram registados resultados inesperados.
Não se considerou que o aceclofenac tenha qualquer actividade mutagénica, emnenhum dos 3 estudos in vitro e em 1 estudo in vivo realizado com ratinhos.
Concluiu-se que o aceclofenac não era carcinogénico nem para o ratinho nempara o rato.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. LISTA DOS EXCIPIENTES
Celulose microcristalina 101, celulose microcristalina 102, croscarmelose sódica,palmitoestearato de glicerol, povidona e sepifilm 752 branco
(hidroxipropilmetilcelulose, dióxido de titânio (E171) e polioxil-40-estearato).
6.2. INCOMPATIBILIDADES
Não aplicável.
6.3. PRAZO DE VALIDADE
4
anos.
6.4. PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não conservar acima de 30ºC.
Manter na embalagem de origem para proteger da humidade.
6.5.
NATUREZA E CONTEÚDO DO RECIPIENTE
Biofenac 100 mg comprimidos revestidos por película apresenta-se em
blister de alumínio/alumínio.
Embalagens de 20 e 60 comprimidos revestidos por película. É possível que
não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6. PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE ELIMINAÇÃO E MANUSEAMENTO
Não existem requisitos especiais.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇAO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Almirall ? Produtos Farmacêuticos, Lda.
Rua João Chagas, 53 A ? 2º, Escritório 201
1495-072 Algés
Portugal
8.
NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo:
5475983 –
20 comprimidos revestidos por
película, 100 mg, blisters de alumínio/alumínio
N.º de registo: 4529285 – 60 comprimidos revestidos por película, 100 mg,
blisters de alumínio/alumínio
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA
AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira AIM:
05 de Dezembro de 1995.
Data da última Renovação da AIM:
19 de Março de 2005
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO