RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
ARTROLYT 50 mg cápsula
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Uma cápsula contém 50 mg de diacereína.
A diacereína é a forma acetilada do ácido carboxílico di-hidroxi-antraquinona de reína.
Excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsulas
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento das doenças articulares degenerativas (osteartrose).
4.2 Posologia e modo de administração
Adultos: 1 cápsula doseada a 50 mg de diacereína, administrada 2 vezes por dia, por viaoral, de manhã e à noite, após as refeições.
A diacereína é um fármaco sintomático de acção lenta, recomendado no tratamento daosteartrose. Devido ao seu lento início de acção o efeito analgésico é observadonormalmente ao fim de 30 a 45 dias de tratamento. Deste modo, o produto deve seradministrado diariamente, por um período mínimo de um mês até que se observem osprimeiros efeitos benéficos.
A duração máxima do tratamento, sem interrupções, na maioria dos ensaios clínicos atéagora efectuados, foi de 6 meses. Deste modo, o tratamento ininterrupto para além de 6meses deverá ser cuidadosamente controlado.
Os estudos farmacocinéticos efectuados nos doentes idosos e nos doentes cominsuficiência renal ou hepática, não apresentaram diferenças significativas nosparâmetros farmacocinéticos, pelo que não é necessário proceder a qualquerajustamento da dose recomendada. Nos doentes com insuficiência renal grave
(depuração da creatinina inferior a 30 ml/min.), a dose recomendada deverá serreduzida para 50 mg por dia.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à diacereína ou às substâncias de estrutura idêntica (antraquinonas),ou a qualquer dos excipientes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
A diacereína apenas deve ser administrada aos adultos, dada a inexistência de estudosclínicos, em crianças.
Artrolyt cápsula contém lactose.
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência emlactase ou síndrome de malabsorção glucose-galactose não devem tomar Artrolytcápsula.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Antiácidos de acção local administrados em simultanêo ou uma hora após aadministração da diacereína, reduzem significativamente a quantidade de reínacirculante.
Não se observou qualquer interacção relacionada com a ligação da reína (metabolitoactivo da diacereína) às proteínas, na presença de varfarina, paracetamol, ácidosalicílico, indometacina, ibuprofeno, diclofenac, fenbufeno, flurbiprofeno, naproxeno,fenilbutazona, piroxicam, sulindac, tenoxicam, valproato de sódio, fenitoína,tolbutamida, glibenclamida ou clorpropamida.
A administração concomitante de diacereína e de antagonistas dos receptores dahistamina H2, não altera significativamente os parâmetros farmacocinéticos da reína noplasma e na urina.
4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
Um estudo em ratos demonstrou um atraso na ossificação
embrionária, devido ao efeito maternotóxico em doses elevadas (50-100 mg/Kg/dia).
Uma vez que não há dados disponíveis, no ser humano, recomenda-
se não administrar diacereína durante a gravidez.
Aleitamento
Recomenda-se não administrar este produto durante o aleitamento
devido à passagem, em proporções mínimas, dos derivados antraquinónicos pra o leitematerno. Este facto é demonstrado por bibliografia relevante.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não se conhece para a diacereína qualquer efeito sedativo que possa afectar acapacidade de conduzir e utilizar de máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Devido às propriedades químicas da diacereína, poderá ocorrer um efeito laxante, sob aforma de fezes moles e aumento da frequência dos movimentos peristálticos. Outrosefeitos secundários observados com menor frequência: coloração forte da urina,gastralgia, meteorismo e diarreia e toxicidade hepática. Num número reduzido de casosobservaram-se cefaleias e prurido. Comparativamente ao tratamento com anti-
inflamatórios não esteróides (AINEs), a diacereína não demonstrou qualquer potencialulcerogénico para o tracto gastrintestinal.
Os estudos de toxicidade realizados após administração repetida do fármaco,demonstraram um efeito laxante, em função da dose administrada, sendo esse oprincipal efeito secundário. No cão, com doses orais de 60 mg/kg/dia, não foiobservada qualquer toxicidade específica no órgão-alvo.
4.9 Sobredosagem
Em caso de sobredosagem poderá ocorrer diarreia intensa.
Como medida imediata, recomenda-se a substituição electrolítica.
A administração oral de doses até 2000 mg/kg não causaram
letalidade nos ratos, nem nos ratinhos. O principal sintoma observado foi a diarreia.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 9.4 ? Medicamentos para tratamento da artrose.
Código ATC: M01A X21
A diacereína, pró-fármaco da reína, demonstrou uma actividade inibidora dos sintomasagudos e crónicos de inflamação, numa série de ensaios específicos, sem provocarefeitos secundários significativos.
Para além do seu comprovado efeito anti-inflamatório, analgésico e antipirético, oproduto tem também efeitos benéficos na diferenciação celular e dos tecidos envolvidosnas doenças articulares. A síntese endógena das prostaglandinas não é antagonizada.
Em modelos in vitro, a diacereína demonstrou inibir a produção e libertação de enzimasproteolíticos, radicais livres de oxigénio e linfocinas (por exemplo, interleucina 1), quesão responsáveis pela deterioração da cartilagem articular. Adicionalmente, a diacereínaestimula a síntese do colagénio e dos proteoglicanos, que são os principaiscomponentes da matriz cartilagínea.
Em modelos animais de artropatia crónica, o tratamento com diacereína reduziu ossinais e sintomas patológicos, tendo mesmo evitado a evolução da destruição sinovial earticular.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Realizaram-se estudos farmacocinético-metabólicos com
diacetilreína 14C (diacereína) ou com reína 14C, em ratinhos, ratos, cobaias, coelhos e
cães. O grau de absorção nas diferentes espécies foi de 50 a 100% da doseadministrada. Nos ratos, observou-se um efeito de primeira passagem, associado acirculação enterohepática, que foi igualmente óbvio nas restantes espécies testadas. Aadministração oral repetida não influenciou os parâmetros farmacocinéticos. Estudos dedistribuição em órgãos demonstraram elevadas concentrações no principal órgão deexcreção, o rim, e valores de concentração muito baixos no cérebro. A ligação àsproteínas plasmáticas foi de 80 a 90% (metabolitos) e de 99% (reína).
Os estudos realizados sobre o metabolismo demonstraram que a diacereína pode serconsiderada como um pró-fármaco, dado que, na maioria das amostras de plasma e emtodas as amostras de urina, não foi possível a sua identificação. A diacereína é muitorapidamente metabolizada em reína e em conjugados de reína, sobretudo pré-
sistemicamente, diferindo quantitativamente de espécie para espécie. Numa espécieanimal toxicologicamente sensível, foi detectado um metabolito adicional, até agoranão identificado, e que não foi detectado no ratinho, no cão, ou no homem.
Os níveis plasmáticos mais elevados (Cmax), obtidos na sequência da
administração de uma única dose de 50 mg de diacereína foram de 4 a 5 µg/ml de reínalivre. Na concentração de pico, é igualmente detectada reína adicional, numapercentagem ? 10%, sob a forma de metabolitos conjugados (fase II). Apenas emamostragens posteriores à de Cmax, se observou um ligeiro aumento da taxa de reínaconjugada/não conjugada no plasma.
Valores tmax correspondentes (tempo em que ocorre a concentração plasmática maiselevada) são observados 1,8 a 2,0 horas pós-administração da dose, no voluntário emjejum. A administração concomitante de uma refeição padrão faz desviar Cmax paravalores mais baixos e tmax para valores mais elevados, provocando umabiodisponibilidade 13% mais elevada que a estimada a partir da alteração da AUC.
As semi-vidas de eliminação plasmática (t1/2) são de 3,3 horas e de 6 a 8 horas,respectivamente para as fases de distribuição rápida e de eliminação terminal, maislenta. O volume médio de distribuição no estado de equilíbrio plasmático (steady-state),
VSS/F, determinado a partir da constante de velocidade ? desse processo terminal e adepuração total Cltot/F (média: 27,8 ml/min), em que F é a velocidade de absorção, foide aproximadamente 17,1 litros, em conformidade com uma ligação forte e total dareína às proteínas plasmáticas.
A diacereína, quando administrada por via oral em doses de 50-100 mg,aproximadamente 50 a 60% da dose total é excretada por via renal, sob a forma de reínae conjugados de reína (glucuronido e sulfato), predominando, no entanto, apercentagem de conjugados (> 90%). Nas fezes são apenas recuperadas quantidadesdiminutas de reína (aprox. 0,4%), sob a forma de reína livre ou conjugados, numperíodo de 3 dias.
A excreção fecal, incluindo os produtos resultantes do metabolismo bacteriano,representa aproximadamente 35% da dose administrada, conforme avaliado por técnicasradioquímicas, o que leva a um equilíbrio ponderal médio quase total, de cerca de 90%.
Nos doentes com insuficiência hepática moderada a grave, não foi observada qualqueralteração significativa dos parâmetros farmacocinéticos da reína, comparativamente aosvoluntários saudáveis, pelo que não é necessário alterar o esquema posológico.
No entanto, na insuficiência renal grave (depuração da creatinina inferior a 30 ml/min.),observa-se um aumento significativo nos valores da AUC e da semi-vida terminal,assim como uma diminuição da depuração renal da reína, o que requer uma redução de
50% da dose administrada.
Comparando doentes idosos a um grupo de controlo composto por voluntáriossaudáveis (com idades compreendidas entre os 40 e os 60 anos), observou-se umaumento não significativo da AUC, em função da idade, assim como umprolongamento da semi-vida plasmática terminal da reína livre, pelo que não se tornanecessário proceder ao ajustamento da dose nos doentes idosos.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
À excepção de um efeito laxante, não foi detectada nos animais de laboratório qualquertoxicidade específica do órgão-alvo, tanto na sequência da administração de uma dose
única do fármaco, como de um tratamento prolongado. Os testes de genotoxicidade,realizados in vitro e in vivo, revelaram resultados negativos. Nos estudos de longoprazo realizados com roedores, a diacereína não revelou qualquer potencialcarcinogénico.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Conteúdo das cápsulas:
Lactose mono-hidratada
Croscarmelose sódica
Polividona
Dióxido de sílica coloidal
Estearato de magnésio
Invólucro das cápsulas:
Gelatina
Água purificada
Amarelo de quinolina
Carmim de indigo
Dióxido de titânio
6.2 Incompatibilidades
Não significativas.
6.3 Prazo de validade
4 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25 ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
A embalagem primária é constituída por blister de PVC (0,250 mm), selado compelícula de alumínio (0,020 mm) do lado de onde se retiram as cápsulas.
Os blisters são embalados em caixas de cartão contendo 20, 30 ou 60 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6. Instruções de utilização e manipulação
Não existem requisitos especiais.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com asexigências.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Neo-Farmacêutica, Lda.
Avenida D. João II, Lote 1.02.2.1 D-2º
1990-090 Lisboa
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Embalagem de 20 cápsulas – 2522787
Embalagem de 30 cápsulas – 2688687
Embalagem de 60 cápsulas – 2522886
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização de introdução no mercado- 07.06.1997
Data da renovação de introdução no mercado- 07-06-2002
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Maio 2005
OIE
TOMEI DIACEREINA 100MG
SINTO MUITAS DORES NAS JUNTAS ESTOU NO 3 COMPRIMIDO O QUE FAÇO DEVO PARAR,NÃO CONSIGO FALAR COM A MEDICA.
Gostaria de saber como comprar o Artorlyt e qual o valor.
grata
mande manipular o diacereina 50 mg. Sai muito mais barato.
Tomar diacerina,engoda?
Estou com o rosto vermelho ,como se tivesse passado rouge ,fico assim quando tomo cortisona , pode ser do artrodese ?