Os governos e líderes árabes constituem o principal tema de discussões na última ocasião de cinco dias do Fórum Social Mundial (FSM) que terminou dia 11 de fevreiro do ano corrente. O evento discutiu sobre os acontecimentos na Africa, sobre as perspectivas de mudanças sociais. Bem como sobre as questões do respeito dos direitos humanos. Acentuando sobre as manifestações na Tunisia e no Egito.
Mas há outro tema que chama nossa atenção e preocupa África do Norte. Trata do conflito do sara ocidental envolvendo o Marrocos e Frente do Polisario.
Lembrando que os conflitos das populações árabes contra seus governantes não data de hoje. No caso do Egito, o que está em jogo não é só a luta por democracia de 80 milhões de habitantes, mas também o fato de o pais ser uma peça de destaque na geopolítica global, fundamental para os Estados Unidos por causa do Canal de Suez e o respeito dos acordos de paz com Israel.
O Egeito é um dos mais respeitado nos Estados do Oriente Médio e exerceu papel de mediador no conflito árabe-israelense, como ele foi como uma função fundamental na relação da disputa do território do Saara Ocidental, entre Marrocos, Argélia e Mauritânia.
Lembrando que durante os cinco dias do fórum, muitos confrontos foram registados. Os marroquinos protagonizaram um embate constante com os separatistas do Sara Ocidental. Responsabilizando o Estado Argelino e o Militar que dirige o Poder. Influenciando contra os interesses do reino. O Marrocos como todos os países da Região reclamam um fim do conflito e o respeito dos direitos humanos nos campos de Tindouf.
Tal encontro mundial constitui uma verdadeira oportunidade para falar sobre os problemas do Continente. Os ativista do mundo denunciam a corrupção e manipulação das populações pelos governantes. Para sensibilizar sobre essas questões é necessário tomar consciência dos desafios do desenvolvimento económico e dos direitos humanos.
O interesse de participar neste evento de alguns ex-líderes africanos, da America do sul e da Europa mostra a importância deste continente. Todas suas riguezas objeto das críticas levantadas descortinam os responsáveis contra a repressão resulta das revoltas e manifestações no mundo.
O Caso da condenação firme dos acontecimentos do Laayoune no Marrocos chamou mais uma vez atenção do mundo e perante ás repercussão sobre a opinião internacional. As práticas envolvendo os Governos denunciaram a falta de parcialidade neste fatos. Muitos meios de comunicação ocidentais não foram até o limite, prejudicando os direitos e a integridade das pessoas.
Os saarianos criticam a administração, Rodríguez Zapatero, por ter se inclinado pela tese de Rabat a favor de uma solução pacífica com base no plano de autonomia. Para isso o António Guterres, Alto Comissario para os Refugiados da ONU, durante a sua visita aos acampamentos saraninaos de Tindouf abriu e encerrou os trabalhos da reunião mas sem chegar ás medidas de confiança entre a Frente Polisario e o Reino de Marrocos.
Essas reuniões tiveram lugar nos dias 9 e 10 de Fevereiro de 2011, em Genebra, na Suíça.
Argélia e Mauritânia participaram a estas reuniões na qualidade de observadores, do lado do Marrocos e da Frente do Polisario. Este encontro surge na sequência da decisão tomada pelas duas partes em Manhasset, Nova Iorque, no passado dia 9 de Novembro de 2010.
Veja os pontos objecto da reunião entre a Frente Polisario e Marrocos e que precisam apoiar:
1- Prosseguimento da troca de visitas por via aérea é com base nos princípios acordados em 2004, o HCR establece o termo do respeito das listas de registo já elaboradas.
2- Realização de um seminário com a participação de homens de cultura saraniana vindos dos campos de refugiados sudeste da Argélia no decorrer do ano 2011. Os seminários poderão vir a ter lugar na ilha da Madeira, em Portugal.
3- Envio de uma equipa técnica ao território em Abril de 2011 para fazer uma avaliação das possibilidades do início das trocas de visitas por via terrestre a fim de dar a possibilidade a um maior número de pessoas que desejam participar nesta operação.
4- Troca de mensagens e opiniões entre as famílias separadas de seus entes no Marrocos, activando o serviço telefónico. O HCR encarregar-se-á de fazer propostas concretas para a sua concretização.
5- Reforço da participação de duas partes e dos países observadores para promover as medidas de confiança mutua durante as reuniõesde avaliação em Genebra.
Embora que tadas as reuniões nas quais paraticiparam as autoridades da ONU não sorteiam efeitos desejados. O enviado Especial da ONU, Christopher Ross, para o Sara Ocidental. Bem como o Sr. Hani Abdelaziz, representante do Departamento de operações de manutenção da Paz da ONU, o chefe de Gabinete do Alto Comissário, responsáveis do Departamento do Médio Oriente e Norte de África e vários outros altos responsáveis internacionais, esses não se escaparam das muitas criticas contra a impaciência das populações e da manipulação dos direitos humanos.
O povo sequestrado e detido continua sofrendo, com a falta de liberdade e das decisões sobre a sua vida. Trata de um povo manipulado e e marginalizado, em detrimento de uma política racista e anti-democrática.
Tanto a Frente do Polisario como o Marrocos são responsáveis pelo futuro da Região. Emhamed Khadad, membro do secretariado nacional e presidente da comissão para o Referendo, Boukhari Ahmed, membro do secretariado nacional e representante na ONU, Bouhebeini Yahya, presidente do Crescente Vermelho saraninao e Limam Khalil, representante da Frente do Polisario na Suíça, são essas pessoas que devem buscar o consenso entre os irmãos e não acentuar as diferenças.
Por outra parte, os delegados marroquinos chefiadas pelo embaixador Bourita Nasser, Director-geral de Relações Multilaterais e da Cooperação do MNE marroquino, procuram uma resposta ás expectativas do dossiê sobre as fronteiras com Argélia.
Enquanto isso as populações do Tindouf e no sara ocidental não param de trocar de ofensas como atos de provocações, projudicando a paz e o trabalho do Minurso, orgão do ONU.
Lahcen EL MOUTAQI – Pesquiador universitário