As taxas nominais determinam as prestações, mas só indicam o preço pago no que respeita aos juros. Adicionalmente, é necessário pagar impostos, comissões, seguros ou outros encargos. Assim, o custo efectivo de um empréstimo é traduzido, no crédito à habitação, pela taxa anual efectiva (TAE) e, no crédito ao consumo, pela taxa anual de encargos efectiva global (TAEG).
A diferença entre a TAE e TAEG é que a primeira não inclui o valor dos seguros. As operações de crédito à habitação exigem seguro de vida do mutuário e da casa (incêndio ou multirriscos), mas o prémio destes seguros varia muito e é influenciado por factores como a idade, profissão, estado de saúde do mutuário e localização geográfica e tipo de construção da casa. Nos empréstimos pessoais, o prémio depende do montante solicitado e do prazo de pagamento.
Resumindo, a TAE apresenta a taxa anual incluindo impostos do crédito, comissões pagas ao banco e a TAN. Já a TAEG contempla todos os elementos da TAE e, ainda, os prémios de seguros como, por exemplo, o de vida ou de protecção ao crédito.
Estes dois indicadores são adequados para comparar propostas diferentes para o mesmo tipo de crédito, desde que para prazos e montantes iguais.