Ao longo desta década, tem-se observado um movimento curioso nos spreads do crédito à habitação: se, no início, eram comuns spreads de 2% e 3%, nos anos seguintes, desceram de forma acentuada até aos 0,2%. Contudo, em virtude da actual conjuntura, tem-se assistido a uma nova subida.
A iniciativa de negociação deve partir do cliente, quer se trate de um empréstimo mais antigo ou de um novo. Caso não seja bem sucedido, consulte a concorrência para transferir o seu crédito à habitação, mas faça bem as contas para não ir pagar ainda mais do que está a pagar actualmente.
Além do spread, há que ter em conta as penalizações por reembolso antecipado e os encargos com a transferência, sem esquecer o prazo em falta e o montante em dívida.
Primeiro, compare a taxa de juro do empréstimo actual, nomeadamente o spread, com as de outros bancos (veja nos Simuladores online dos bancos). Depois, se pagar uma taxa de juro elevada, o melhor é tentar renegociá-la: peça a redução do spread ao balcão do banco e, eventualmente, reforce o pedido por carta. Na mesma carta ou em conversa com o funcionário do banco (se optar por esta via), pode valer–se de outros argumentos. E o caso da diminuição do risco de crédito ao longo dos anos, devido à redução do capital em dívida e, simultaneamente, à manutenção ou aumento do valor do imóvel. O mesmo é válido para a relação com o banco: pagamento atempado das mensalidades, saldo médio da conta à ordem, domiciliação do ordenado, aplicações financeiras, cartões de crédito e outros produtos/serviços que eventualmente tenha subscrito na instituição.