As cartas de referência merecem toda a atenção e cuidado, pois podem afectar não só o futuro do candidato, mas também a sua própria credibilidade — e o seu bolso.
Considere sempre as implicações legais envolvidas. Por exemplo, alguém de que tenham sido dadas más referências pode intentar e ganhar uma acção por difamação, desde que prove que quem as deu sabia que as afirmações feitas eram falsas e procurava deliberadamente prejudicar o candidato. Por outro lado, não dê boas referências relativamente a alguém que despediu, por exemplo, por desonestidade. O novo empregador pode processá-lo, pedindo uma indemnização se vier a ter prejuízos causados pela desonestidade do empregado assim admitido.
Se afirmou erradamente que determinada pessoa é digna de confiança — sem se preocupar em indagar a veracidade da sua afirmação — arrisca-se a ser processado por negligência pelo novo empregador. Pode prevenir essa situação afirmando que a referencia é dada de boa fé, mas não constitui garantia de um carácter perfeito. Comece uma carta de referências dizendo há quanto tempo conhece a pessoa em questão e em que qualidade. A seguir, dê a sua opinião sobre a capacidade da pessoa para desempenhar bem o lugar a que se candidata.
Se achar que se trata da pessoa indicada para o lugar, declare abertamente a sua convicção. Uma recomendação com reservas pode ser interpretada como semi-duvidosa. Se a sua opinião sobre o candidato não for muito boa, seja moderado nas referências, sugerindo, mais do que explicitando, as suas reservas.
Se, por qualquer motivo, não quiser dizer a verdade, é preferível não dar referências. Ninguém pode exigir que o faça. Se achar que alguém não serve realmente para o lugar a que se candidata, diga-lhe, com firmeza mas com tacto, que não é a si que se deve dirigir.