Maníaco do sofá
Segundo a Faculdade de Medicina de Stanford, passar a vida no sofá é desafiar a sorte. Hoje em dia, a inactividade é considerada um factor independente de risco de morte precoce, a par do tabagismo, da hipertensão e do colesterol elevado. Rondar o sofá torna-o mais vulnerável a cardiopatias, dores nas costas, diabetes, quedas e outros acidentes quando começar a arrastar os pés.
O estudo de Stanford demonstrou que, quando fazemos mais exercício, reduzimos em 12% o risco de morte, seja por que motivo for.
Mas não confunda isto com excesso de exercício: a maneira mais eficaz de criar a capacidade de fazer exercício é através de um treino gradual e lento mas regular.
E todos os pequenos passos que der serão úteis. Um estudo regional sobre o coração realizado em Inglaterra revelou que, apesar de a actividade vigorosa diminuir para metade o risco de morte, qualquer actividade é melhor do que nenhuma.
Bom equilíbrio
Na China e noutros países orientais, é frequente ver idosos fora de casa de manhã cedo a praticar tai chi, com o seu vagar, no parque local. Fazem o possível por evitar um episódio responsável por mais mortes nos idosos do mundo ocidental do que qualquer outro: uma queda.
Os seres humanos são instáveis por natureza. Como caminhamos sobre duas pernas, possuímos uma base estreita e um centro de gravidade alto. Para nos deslocarmos sem cair, em geral recorremos a mecanismos complexos que detectam o estado do nosso equilíbrio e rapidamente corrigem as oscilações. Enquanto somos novos, conseguimos inclinar-nos, dar um passo em falso ou tropeçar e acabar na vertical. Se cairmos mesmo, a pior consequência pode ser um pulso fracturado, o que não interfere muito no nosso tempo de vida. À medida que vamos envelhecendo, estes mecanismos tornam-se falíveis e aumenta a probabilidade de darmos um trambolhão devido ao mínimo desafio ao nosso equilíbrio. Depois dos 65 anos, as hipóteses de dar uma queda são de uma em três todos os anos. Com a perda dos necessários mecanismos de protecção, uma queda pode provocar frequentemente uma factura da anca ou do crânio. Como muitas vezes a pessoa está sozinha e fica estendida no chão durante horas, sem ser socorrida, podem surgir problemas como a pneumonia, a hipotermia ou a desidratação.
Para reduzir as hipóteses de uma morte prematura devido a uma queda, deve seguir um programa simples destinado a fortalecer os músculos e a retreinar o equilíbrio. Inspire–se no Oriente – melhorar o seu equilíbrio físico através de exercícios como o tai chi pode reduzir a metade o risco de dar uma queda.