Em muitas zonas rurais onde não existe rede de esgotos, um tanque séptico, vulgarmente designado por fossa séptica, permitirá tratar bacteriologicamente a matéria orgânica contida nas águas negras (águas das sanitas). O esgoto da casa canaliza estas águas para a fossa, onde, ao fim de um dia ou dois, a matéria orgânica é totalmente desfeita por acção de bactérias anaeróbicas.
A acção das bactérias produz uma espuma à superfície, a qual impede a libertação de cheiros. Como as águas negras entram próximo do fundo da fossa, não perturbam a superfície. No fundo da fossa forma-se uma lama que tem de ser extraída à bomba periodicamente (em algumas zonas existem serviços camarários que se encarregam de o fazer).
Os efluentes que se encontram entre a espuma da superfície e a lama do fundo passam por um cano para uma segunda fossa, onde são filtrados por uma camada de carvão. Nesta altura, as águas encontram-se já suficientemente limpas para serem escoadas para uma ribeira ou um rio ou para o terreno circundante sem quaisquer riscos para a saúde de pessoas e animais.
Se pretender instalar um tanque séptico, peça conselho a um construtor ou empreiteiro.
Existem algumas regras simples para manter uma fossa a funcionar eficazmente:
• Não utilize desinfectante ou detergente em excesso. Desinfectante a mais destruirá as bactérias. O detergente pode emulsionar o conteúdo da fossa e provocar entupimentos.
• Levante a tampa da fossa principal para verificar se houve formação de espuma à superfície. Se houver, a fossa está a funcionar devidamente. Se não houver, utilize uma menor quantidade de detergentes ou mande esvaziar a fossa.
• Evite que a água das chuvas penetre na fossa. A água nunca deve escorrer para dentro fossa para que não seja perturbado o equilíbrio da acção das bactérias.