Qualquer trabalho de carpintaria começa pela união de duas peças de madeira. Montar uma estante, construir um móvel, um banco ou uma mesa requer, em diversos graus, técnicas particulares.
Uniões a meia-madeira, forquilhamentos, uniões a meia-esquadria ou de topo, rebaixos e entalhes constituem as bases do que todo carpinteiro amador deve saber antes de começar um trabalho.
Porém, mesmo se alguns acessórios (como os esquadros metálicos) produzidos pela indústria moderna facilitam consideravelmente o trabalho do iniciante, seu emprego deve ficar limitado aos trabalhos grosseiros. Uma união bem feita, com esses acessórios, ficará quase invisível e assegurará solidez ao móvel, não afetando em nada sua estética.
As instruções que se seguem têm um duplo objetivo: permitir ao amador praticar, além de escolher, segundo o trabalho a ser efetuado, a união que melhor se adapte a sua construção.
A união de duas peças começa por sua colagem. Deve-se utilizar uma boa cola vinílica, facilmente encontrada no comércio, pronta para usar. Espalhe a cola com um pincel, insistindo particularmente nos cantos.
Passada a cola nas superfícies de contato, pode-se proceder à união das duas peças . Esta operação não apresenta, em princípio, nenhuma dificuldade, mas é bom ficar atento para a perpendicularidade das duas peças. Se necessário, use um esquadro de carpinteiro para conferir o ângulo interno formado pelas duas peças de madeira.
Só a cola não será suficiente para permitir a solidez de uma união a meia-madeira, que é um pouco frágil. Portanto, torna-se indispensável o uso de pregos para reforçar a união. O comprimento dos pregos deve ser, naturalmente, inferior à espessura das peças unidas, mas deve ser suficiente para que eles se cravem profundamente nas duas peças de madeira. Não esqueça de limpar o excedente de cola que pode transbordar da união após ser pregada.