O conceito de qualidade de vida é utilizado no contexto de linguagem comum e no contexto de pesquisa científica em diferentes áreas do saber como a enfermagem, a economia, a sociologia, a educação e a psicologia, entre outras.
Definir qualidade de vida não é tarefa simples. O conceito é complexo, ambíguo, lato, volúvel e difere de cultura para cultura, de época para época, de indivíduo para indivíduo e até num mesmo indivíduo se modifica com o decorrer do tempo: o que hoje é boa qualidade de vida pode não ter sido ontem e poderá não ser daqui a algum tempo.
A qualidade de vida está, assim, directamente relacionada com a percepção que cada um tem de si e dos outros, do mundo que o rodeia e pode ser avaliada mediante critérios apropriados, tais como, a educação, a formação de base, a actividade profissional, as competências adquiridas, a resiliência pessoal, o optimismo, as necessidades pessoais e a saúde.
Estes critérios são valorizados de forma diferente por cada indivíduo consoante as circunstâncias: físicas, psicológicas; sociais; culturais; espirituais e económicas em que este se encontra, o que levou a que, vários autores, se tenham empenhado a criarem escalas de avaliação de qualidade de vida específicas para indivíduos que apresentam o mesmo diagnóstico médico. O facto de os critérios serem valorizados de forma diferente também levou ao surgimento de diversas significações de qualidade de vida, tornando-se estas, motivo de reflexão.
Giovanni Pires et al, (1998), refere “ Qualidade de vida significa muitas coisas. Diz respeito a como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu quotidiano. Envolve, portanto, saúde, educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas decisões que lhes dizem respeito determinam como vive o mundo.
Compreende desse modo, situações extremamente variadas, como, anos de escolaridade, atendimento digno em casos de doenças e acidentes, conforto e pontualidade nas condições para se dirigir a diferentes locais, alimentação em quantidade suficiente e qualidade adequada e, até mesmo, posse de aparelhos electrodomésticos.”
Esta definição engloba uma panóplia de critérios de avaliação de qualidade de vida mas, não engloba o critério: experiências futuras.