A sida — síndroma da imunodeficiência adquirida — representa um problema preocupante à escala mundial. Tendo sido descrita pela primeira vez em 1981 nos EUA, o seu vírus, VIH (vírus da imunodeficiência humana), só veio a ser isolado em 1983. A doença transmite-se sobretudo pelas relações sexuais e por injecção intravenosa com uma agulha ou seringa contaminadas.
Se receia ter contraído o vírus da sida, consulte o seu médico, que lhe prescreverá um teste de despistagem e lhe indicará um laboratório onde possa fazê-lo. No caso de o resultado do teste ser positivo, actue sem perda de tempo. Um resultado positivo não significa que a pessoa seja um doente de sida, mas que esteve em contacto com o vírus e o pode transmitir aos outros. Deve prevenir imediatamente a pessoa com quem mantenha relações sexuais (a qual deverá também fazer um teste de despistagem). Em todas as relações sexuais é imperativo utilizar preservativos. É importante ter presente que uma grávida seropositiva tem fortes probabilidades de transmitir o vírus da sida ao filho. Finalmente, em caso de toxicodependência, é imprescindível utilizar seringas individuais, o que de resto deverá acontecer em todas as circunstâncias.
Pode suceder que, embora seropositiva. a pessoa se sinta com boa saúde. Importa, no entanto, manter-se vigilante. Algumas pessoas infectadas pelo vírus manifestam com maior ou menor rapidez os sintomas da doença, ao passo que outras, seropositivas durante anos, não revelam qualquer sintoma. Actualmente, os médicos e investigadores não estão ainda abalizados para fazer estimativas a longo prazo sobre a evolução da doença. Consulte periodicamente o seu médico, que lhe prescreverá análises ao sangue.
Reconhecer os sintomas. Atente em certos sintomas que, a manifestarem-se, podem conduzir a uma deterioração progressiva do seu estado de saúde. São os seguintes: aumento de volume dos gânglios linfáticos no pescoço e nas axilas, perda acentuada de peso, febre persistente abaixo de 38°, diarreia, astenia intensa, suores nocturnos abundantes, etc. Consulte imediatamente o seu médico.
Contudo, não se «marginalize» nem se isole. Peça ao seu médico que lhe indique uma associação especializada na luta contra a sida.
No que respeita ao círculo de pessoas que privam com um doente seropositivo, é imperioso evitar qualquer contacto com o sangue deste (por exemplo, não partilhar qualquer objecto pessoal do tipo lâmina de barbear ou escova de dentes).
Na sua luta contra a sida, os investigadores trabalham não apenas num tratamento curativo que permita salvar os portadores do vírus, como também num tratamento preventivo (vacina) para os indivíduos não atingidos.