As taxas de juro podem ser fixas ou variáveis e estar indexadas. As taxas de juro fixas têm uma percentagem definida, que vigora pelo prazo total ou parte deste. Deste modo, fica-se a saber de antemão a prestação a pagar durante esse tempo.
Dentro das taxas variáveis, a indexada é a mais comum. Nestas, há um valor de referência, o indexante, a que se soma o spread (a margem negociada com o banco). O indexante mais utilizado é a Euribor: mais correctamente, a média dos valores registados no mês anterior ou meses anteriores ao da contagem de juros. Assim, se tiver uma taxa de juro indexada à Euribor (assumamos que o valor médio no mês anterior foi de 2%) e um spread de 3%, por exemplo, obterá uma TAN de 5%. Quando a taxa de juro é indexada à Euribor; pode apresentar diferentes prazos, desde 1 dia a 1 ano. Nos empréstimos são comuns 1, 3, 6 e 12 meses. A revisão da taxa ocorre com a mesma periodicidade do indexante. Assim, num crédito com Euribor a 6 meses, a taxa de juro é revista semestralmente na parcela que diz respeito ao indexante.
Escolher entre uma taxa fixa ou variável é difícil. Quem prefere conhecer desde logo o valor a pagar pelo empréstimo, bem como o montante da prestação, deve optar pela taxa fixa. Se prefere que as condições do crédito acompanhem as variações do mercado e beneficiar de eventuais reduções das taxas, decida pela variável indexada. Mas lembre-se de que também fica sujeito às subidas.
Outro aspecto a considerar é a evolução das taxas. Se, ao contratar se prevê que estas estejam a entrar num ciclo de subidas, a fixa é vantajosa. Inversamente, se é expectável que desçam, é melhor escolher a taxa variável. Porém, não é fácil fazer esta previsão, e as instituições fianceiras normalmente fazem-na melhor, refletindo nas taxas de juro fixas a subida ou a descida da Euribor.